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Número de adolescentes que ‘não aproveitam a vida’ dobrou com as mídias sociais.

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Fenômeno detectado em pesquisa com jovens norte-americanos preocupa.

A primeira rede social propriamente dita, o Orkut, surgiu em 2004. Até aí, tudo corria bem, pois a internet ainda se restringia às casas e escritórios. Os smartphones surgiram em 2007 e se tornaram fenômeno de massa a partir de 2010. Esse foi o ponto de virada. Desde então, a depressão e o sentimento de desesperança dispararam entre os adolescentes.

Quem afirma é a psicóloga e especialista geracional Jean Twenge, que publicou uma pesquisa conduzida pela Universidade de Michigan (EUA), no livro “Generations: The Real Differences Between Gen Z, Millennials, Gen X, Boomers and Silents — and What They Mean for America’s Future” (Gerações: as diferenças reais entre Geração Z, Millennials, Geração X, Baby Boomers e a Geração Silenciosa – e o que eles significam para o futuro da América, em tradução livre). As gerações descritas no título estão em ordem cronológica, da mais recente para a mais antiga. A Geração Silenciosa, por exemplo, compreende os nascidos entre 1925 e 1942.

Quase metade dos jovens consultados na pesquisa concorda com frases como “não consigo fazer nada direito”, “não aproveito a vida” e “minha vida não é útil” – praticamente o dobro do registrado há uma década. Segundo Twenge, a razão principal são as mídias sociais e o tempo de tela, que aumentaram muito desde a popularização em massa do smartphone a partir de 2010.

Twenge afirma que “não há dúvida de que essa é a principal causa do aumento da depressão em adolescentes. É de longe a maior mudança na vida cotidiana dos adolescentes nos últimos 10 a 12 anos. Nada se compara.”

A pesquisa da Universidade de Michigan é realizada anualmente desde 1991, com 50.000 alunos da 8ª, 10ª e 12ª séries em todo o país que respondem se concordam com as afirmações “Não consigo fazer nada direito”, “Não gosto da vida” e “Minha vida não é útil.”

Embora os números tenham se mantido estáveis ​​até cerca de 2012, começaram a subir muito no ano seguinte. Até então, menos de 20% dos alunos concordavam com a frase “não gosto da minha vida”; agora 50% concordam.

O tempo de tela está substituindo ritos de passagem cruciais. Desde a entrada em cena dos smartphones, a proporção de adolescentes que namora, tira carteira de motorista e trabalha despencou. Isso coincide com o surgimento de plataformas como Instagram, Snapchat e Musical.ly, que estreou em 2015 e se tornou o TikTok nos EUA dois anos depois.

Hoje, os adolescentes podem passar até nove horas por dia grudados nas telas – e metade deles diz que está online quase o tempo todo.

“É uma mudança fundamental na forma como os adolescentes gastam seu tempo de lazer”, afirma Twenge. “Se você juntar tudo isso – mais tempo de tela, menos tempo com os amigos cara a cara, menos tempo dormindo – é uma receita muito ruim para a saúde mental.”

A depressão e o suicídio na adolescência estão aumentando na era das mídias sociais. Embora atinja ambos os sexos, é uma tendência que parece afetar as meninas com mais força. Twenge diz que isso pode acontecer porque plataformas como o Instagram exacerbam a tendência das meninas de se comparar e disputar status social na forma de seguidores e curtidas. Embora a pandemia tenha ceifado muitas vidas, a pesquisadora afirma que “A ideia de que a crise da saúde mental adolescente se deve apenas à pandemia é falsa, mas certamente não se pode descartar alguma aceleração na tendência”.

Enquanto isso, a Geração Z (nascidos entre 1997 e 2012) está amadurecendo em uma era de polarização política, cultura de cancelamento e inquietação social global, o que reduz a esperança de um futuro melhor. Muitos dos mais velhos desta geração voltaram a morar com os pais. “A depressão não é apenas sobre emoções. É sobre cognição, é sobre pensar, é sobre como você vê o mundo”, afirma. “Uma geração mais deprimida é mais propensa a ser pessimista e enxerga coisas ambíguas como negativas”.

Essa mentalidade pode ter consequências terríveis. Quase um terço dos adolescentes norte-americanos já considerou seriamente o suicídio e as hospitalizações por automutilação de jovens aumentaram 163% nos últimos 10 anos. O suicídio é agora a segunda principal causa de morte de jovens naquele país. Twenge diz que os pais devem evitar smartphones e mídias sociais o máximo possível e que soluções mais radicais são necessárias – como aumentar a idade mínima de mídia social para 16 anos. “Estamos atrasados, pois não se trata de casos isolados, mas uma questão que envolve toda a sociedade.”

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