A modernidade trouxe comodidades e níveis de estresse inéditos.
Embora seja uma condição de saúde mental que pode afetar qualquer um a qualquer hora, os níveis de ansiedade subiram muito nas últimas décadas, o que lhe valeu a fama de “mal do século XXI”. Basta olhar ao redor para entender os motivos. O velho e bom “horário comercial”, ou seja, trabalho das 9 às 18 horas, ficou no passado. O desejo crescente de sucesso a todo custo faz com que as 24 horas do dia já não sejam suficientes. É comum que a preocupação com o trabalho supere os cuidados com o bem-estar. O trânsito nas grandes cidades não dá sinais de melhora. A agenda das crianças, repleta de compromissos. A violência espreita a cada esquina. O celular, sempre à mão, e com ele a pulsão de postar, comentar ou apenas navegar nas redes sociais. Diante disso, como viver sem ansiedade?
Se por um lado as mídias sociais ajudaram a aproximar quem está longe, por outro, reduziram o tempo de interação pessoal e o contato físico. As pessoas expõem seus sucessos nas redes, e há quem acredite que a vida do outro realmente é assim, “perfeita”. Essas mudanças causam impacto na saúde mental, o que pode gerar ansiedade, depressão, comportamentos compulsivos e dependência.
O estresse é um mecanismo normal do corpo. A adrenalina e o cortisol liberados em situações estressantes são fundamentais para nos manter alertas e prontos para enfrentar desafios. Porém, em excesso, pode desencadear quadros de transtornos de humor e ansiedade
Os sintomas da ansiedade são variáveis, mas geralmente incluem inquietação, nervosismo, palpitações, sudorese excessiva, tensão muscular, dificuldade de concentração, irritabilidade, medo irracional, pensamentos negativos recorrentes, entre outros.
O tratamento pode envolver psicoterapia, medicamentos ansiolíticos com prescrição médica, práticas de relaxamento, mudanças no estilo de vida (exercícios físicos, alimentação saudável) e técnicas de redução do estresse. Ao perceber que a ansiedade está prejudicando a qualidade de vida, é importante buscar ajuda, somente um profissional pode avaliar a situação e oferecer o tratamento adequado.