O suicídio entre jovens ainda é um desafio para familiares e especialistas.

Quem passou pela adolescência sabe que é um momento complicado. A transição da infância para a vida adulta, a explosão hormonal, os conflitos, dilemas… não é simples. Alguns psicanalistas afirmam que o suicídio pode ser uma forma de lidar com emoções difíceis, como tristeza, raiva e desespero. Nesse sentido, seria a única maneira de eliminar a dor.

Trata-se de uma questão complexa e multifacetada, não há uma única explicação para que alguém o considere como opção. Pais, familiares, educadores e profissionais de saúde devem estar atentos aos sinais de risco, tais como:

·         Saúde mental

Depressão, ansiedade, transtorno bipolar, abuso de substâncias, distúrbios alimentares, entre outros.

·         Mudanças no comportamento

Pensamentos negativos, mudanças repentinas de atitude (para “mais” ou para “menos”), perda de interesse em atividades antes prazerosas, alterações no sono e no apetite.

·         Histórico familiar

Casos de suicídio ou transtornos mentais.

·         Bullying

O bullying pode ter um impacto devastador na saúde mental dos adolescentes e pode levar a sentimentos de isolamento, desesperança e desamparo.

·         Problemas familiares

Relações disfuncionais, negligência ou falta de apoio.

·         Abuso

Seja sexual, físico ou psicológico, o abuso pode ter graves consequências.

·         Fatores sociais

Pobreza, desemprego e isolamento social

É importante conversar com o adolescente sobre seus sentimentos. Para isso, o ideal é que não haja interrupções nem a presença de outras pessoas. Ele deve saber que alguém se preocupa com que está sentindo, que há alguém para apoiá-lo. Deve ser ouvido sem julgamentos e sem paternalismo, é ele quem deve resolver os próprios problemas. A prevenção do suicídio é uma responsabilidade de todos. Se você conhece algum jovem que está passando por uma situação semelhante, a CLIA tem a estrutura e os profissionais adequados para ajudar. O apoio emocional, a escuta ativa e a busca por ajuda profissional são fundamentais para ajudar o adolescente que luta contra pensamentos suicidas.