Se o transtorno do espectro autista é um desafio para os médicos, o transtorno é ainda mais angustiante para os pais.
O autismo é uma desordem de desenvolvimento, isto é, verifica-se ao longo do tempo. Por esta razão, manifesta-se de diferentes maneiras em diferentes idades. Por isso, a tarefa de diagnóstico é um desafio.
No entanto, em geral, as crianças com autismo têm dificuldades socialmente em interagir com os outros, parecem menos interessadas nas pessoas ao seu redor e quando há alguma interação, muitas vezes, é estranha ou inadequada. Seus padrões de comportamento, em geral, são repetitivos, restrito e rígido.
Devido às suas dificuldades sociais, as crianças têm problemas de aprendizagem em ambientes tradicionais.
Quanto mais cedo o diagnóstico é feito, os serviços de intervenção podem ser colocados em prática.
Isso ajuda a reduzir a gravidade dos sintomas da criança e permite o desenvolvimento de forma mais natural. Se uma criança é diagnosticada tardiamente, programas de intervenção pode ter menos sucesso no tratamento.
O autismo é geralmente reconhecido como sendo um distúrbio genético.
Muitos fatores, como a idade dos pais, têm sido propostos como potenciais gatilhos, porque eles estão correlacionados com a incidência de autismo. No entanto, a correlação não necessariamente significa a causa.
Fatores como agentes tóxicos em nosso solo, ar e água podem influenciar, por exemplo, no desenvolvimento cognitivo – no entanto, não há evidência convincente de que esses fatores provocam o distúrbio.
Além disso, o mito de que as vacinas produzem autismo tem sido perpetuada pela falta de pesquisa científica, e as pessoas geralmente acreditam, já que o transtorno, às vezes, se manifesta logo após a aplicação.
A comunidade médica recomenda que todas as crianças sejam vacinadas, a menos que exista uma razão incontestável para a não vacinação, como uma grave desordem do sistema imunológico da criança.
Quais são os principais desafios que os pais de filhos autistas enfrentam?
Em primeiro lugar, eles devem aprender tudo o que puderem sobre o autismo e entender que é uma condição ao longo da vida do filho. Em segundo lugar, devem aprender novas formas de educar e reconhecer que eles são os principais professores da criança.
Por último, precisam recrutar todos os apoios sociais que podem para ajudá-los na criação, incluindo a assistência extrafamiliar e educacional.
O autismo é uma condição muito complexa.
Eu não espero uma cura em breve. Uma cura primária implicará compreender mais sobre a base genética dessa condição e o papel dos genes específicos em seu desenvolvimento. Até então, temos de confiar em intervenções médicas e educacionais existentes e recentemente desenvolvidas.
Michelle Cristine Tomaz de Oliveira
Psicóloga Clínica
Cliapsicologia