Afinal, o Andador é Bom ou Ruim ?
Desde o momento da gravidez os pais vivem momentos de ansiedade. Passada essa primeira fase, os questionamentos continuam, bem como a espera das primeiras palavras e dos primeiros passinhos.
Essas fases demonstram o início da independência de seus filhos, motivo de muito orgulho e diminuição de preocupações. E a ansiedade da criança andar é ainda maior que falar, já que há um “prazo” maior. Assim, muitos pais recorrem aos andadores como facilitadores deste aprendizado motor. Porém, recentemente, alguns pediatras pediram a abolição desse aparelho, devido aos grandes acidentes traumáticos.
Para os pais, o andador além de facilitar a troca de passo mais rápida, dá a sensação de liberdade para seus bebês, estimulando para a prática do caminhar, mas isso não e real.
O Perigo do uso do Andador!
Na verdade este equipamento além de ser perigoso, pois existem muitos registros de quedas no qual as crianças chegam a ter traumatismo craniano, não ajuda em nada para o desenvolvimento motor.
Em razão disso hoje temos mais crianças ditas “preguiçosas” quando estão fora do equipamento. Outro agravante é alteração da propriocepção (percepção do corpo no espaço) devido a um treino motor inadequado, podendo gerar futuramente problemas até de aprendizagem por sofrerem alteração na psicomotricidade. Assim o mais indicado é a criança aprender a ficar de pé e andar naturalmente.
O Andador diminui os Exercícios, Coordenação e Equilibrio do Bebê.
Esse atraso do desenvolvimento motor está ligado a diminuição dos “exercícios” realizados pelo bebê, como engatinhar, ficar de pé e agachar, apresentando rendimentos inferiores nos testes de desenvolvimento.
Outra coisa prejudicada é o equilíbrio e coordenação, já que o andador que a criança permanece sentada ao centro diminui as mudanças posturais (senta, levanta, agacha, vira…).
Não existe idade correta para iniciar a andar, em média acontece por volta dos 12 meses (sempre três meses a mais, três meses a menos). E os pais ou cuidadores devem sempre estar junto e estimulando para que a prática se inicie.
Se os mesmos não puderem ter esse acompanhamento é indicado ter um cercado com poucos objetos para o bebê ter espaço e tente “ganhar” esta “confiança”.
É preciso tomar cuidado, e treinar que andem em locais seguros!
É preciso ter cuidado com a segurança do local, escadas, janelas, objetos ao chão, tapetes, entre outros. Existe outras considerações a ser apontadas além do atraso no desenvolvimento motor. Como por exemplo, colocar bebês em posições nas quais eles ainda não estão prontos para realizá-las podem causar lesões nas articulações dos membros inferiores (pernas), já que a musculatura não se encontra com a força adequada e pode correr má postura e forma errada de pisada (pé chato/pé cavo).
Fabiana Sarilho de Mendonça, fisioterapeuta da Clia Psicologia, Saúde & Educação
Fisioterapeuta há 14 anos. Graduada e em fase de Pós Graduação Strictu Sensu, mestranda em ciências da reabilitação, com especialização em Fisioterapia em neonatal e pediátrica (lato sensu), com aprimoramento em dor crônica pelo ACCamargo, RPG e Pilates. Com experiência em ergonomia e ginástica laboral. Aprofundou-se em estudos de aperfeiçoamento em RPG, Pilates (clinico), Mobilização Neural, Osteopatia, Movimentos Combinados, Mobilização Articular, Ventilação Mecânica, Kinesiotappe.
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