Quantos dias o Pai Biológico tem Direito ? Licença Paternidade

O pai biológico tem direito a 5 dias de licença-paternidade, porém 5 dias corridos é um tempo muito curto para que possa haver uma adaptação mínima à nova família que se configura.

Se formos pensar em 2 a 3 dias de permanência no hospital, local onde ainda ocorrem a maior parte dos partos, restam 2 a 3 dias em casa, de fato, para iniciar uma adequação à nova situação familiar.

O problema do Vinculo Afetivo

Cinco dias é muito pouco tempo para iniciar a construção de um vínculo afetivo que será um dos pilares do desenvolvimento do bebê.

A mulher começa a ser mãe antes do pai, que só concretiza de fato sua paternidade ao nascimento do bebe, e precisa interromper este processo tão intenso em 5 dias, sentindo-se muitas vezes excluído da relação com a mulher e com o filho.

O Papel do Pai na Gestação

Desde a gestação o pai tem um papel fundamental na vida do filho. Fala-se muito do papel da mãe e o papel do pai neste contexto fica um tanto obscuro, e muitos nem sabem que desempenham um papel importante mesmo no período gestacional.

Já se sabe que o bebê é sensível, mesmo no período intrauterino as emoções e sentimentos maternos, e que é capaz de ouvir e reagir a sons, tanto externos quanto intrauterinos, em torna da vigésima semana gestacional.

Desta forma, já no período gestacional o pai tem um papel fundamental de dar suporte à mulher para que esta possa passar por este período da melhor forma possível, amparando-a emocionalmente.

O Pai já pode Estabelecer o Vínculo com o Bebê ainda na Barriga

Também é neste período que o pai pode começar a estabelecer um vínculo com o bebê, por meio de conversas e carinhos feitos através da barriga. As principais necessidades do bebê são de afeto e segurança, e mais do que ter um pai, o bebê precisa sentir-se desejado pelo pai.

Os primeiros dias do bebê constituem um período de adaptação, no qual pais e bebê estão se conhecendo e vão se estabelecendo as primeiras e mais importantes trocas afetivas.

Sem dúvida, a relação estabelecida nestes primeiros dias, e primeiros meses, de vida do bebê é diferente com o pai e com a mãe, o que não implica de forma alguma no faro de um ser mais importante que o outro.

O Vínculo da Mãe nos Primeiros dias de Vida

O vínculo mãe-bebe estabelecido nos primeiros dias de vida é crucial para o desenvolvimento psíquico e físico saudável do bebê, e para que ele ocorra da forma suficientemente boa, é fundamental a presença do pai, facilitando as condições para que a mãe possa exercer a função materna da forma necessária.

O Pai, é quem provê também a SEGURANÇA à dupla Mãe e Filho.

É o pai que provê a segurança à dupla mãe-bebê de que tudo vai ficar bem, fornecendo suporte emocional, auxiliando a mulher a pensar com mais clareza em situações difíceis ou angustiantes, participando ativamente de tarefas com o bebê que vão colaborar tanto para a construção de seu vínculo com o bebê quanto para que a mãe não se sinta sozinha e sobrecarregada.

Durante esses primeiros momentos vão se constituindo as marcas psíquicas, afetivas, primordiais para todo o desenvolvimento futuro da criança, e a função paterna de prover segurança, referência, valores culturais, sociais e familiares, autoridade é fundamental para o desenvolvimento psicológico e cognitivo do bebê, desde o momento de seu nascimento.

A Ausência do Pai, Pode Trazer Sérias Consequências!

A ausência do pai pode trazer sérias consequências emocionais para a criança, e não há mais dúvidas no meio científico da importância dos primeiros dias e meses da vida do bebe.

O ideal seria o pai poder permanecer em casa ao redor de 3 meses, fase inicial após o nascimento do bebê e período mínimo da acomodação da nova constituição familiar.

O contato com o pai auxilia na criação do vínculo, auxilia no desenvolvimento, aprendizagem, e capacidade de relacionar-se com o mundo ao redor.