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Veja como depressão, ansiedade e TDAH podem estar relacionados a dados genéticos

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Estudo conduzido pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) utilizou amostras de sangue para tentar prever o risco de transtornos mentais. Os autores da pesquisa, publicada em fevereiro na revista Translational Psychiatry, investigaram os exossomos, pequenas vesículas carregadas de material genético que podem conter moléculas provenientes do sistema nervoso central. Nelas, foram encontrados padrões associados à depressão, ansiedade e até ao TDAH.

 

Jessica Honorato Mauer, uma das autoras do estudo, afirma que apesar de ainda serem necessárias mais validações desses microRNAs, o trabalho indica que o material genético de moléculas carregadas pelo corpo pode ser identificado de forma pouco invasiva.

Os pesquisadores retiraram as vesículas extracelulares do soro sanguíneo de um grupo de 116 jovens participantes da Coorte Brasileira de Alto Risco para Condições Mentais (BHRCS, em inglês) em dois momentos: na adolescência e no início da idade adulta. Os microRNAs extraídos foram sequenciados para analisar a variação ao longo dos anos e identificar possíveis associações com transtornos específicos. No primeiro caso, os participantes foram divididos em quatro grupos.

 

A segunda abordagem buscou identificar microRNAs associados a transtornos específicos no mesmo ponto de tempo. Em cada momento, foram comparados indivíduos com diagnóstico de depressão, ansiedade e TDAH com aqueles que não apresentavam os transtornos.

Marcos Leite Santoro, professor de bioquímica da Unifesp e coordenador do estudo, reforça que não existem biomarcadores para transtornos psiquiátricos como há para o câncer e outras doenças. Porém, acredita que, no futuro, será possível fazer uma previsão ao integrar dados de DNA, microRNAs de exossomo e interação com o ambiente. Com isso, será possível iniciar algum tratamento ou abordagem para evitar que o transtorno se estabeleça em pessoas que começarem a apresentar alterações na expressão de um determinado microRNA. Para expandir a análise e confirmar os resultados obtidos em outras fases da vida dos pacientes, a ideia é aumentar a amostra, tanto com os dados já disponíveis como em uma nova etapa de coleta, que incluirá os mesmos indivíduos adultos e seus filhos.

 

Além da expressão de microRNAs, outras informações devem ser analisadas, como dados genômicos, transcriptômicos (RNAs expressos) e de metilação de DNA (relacionados com a modulação da expressão gênica) ao longo do tempo. Fatores ambientais, como condição socioeconômica e abuso de drogas, por exemplo, também precisam ser levadas em consideração, junto a casos como maus-tratos na infância e adolescência, bullying na escola e até a pandemia da Covid-19.

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