“Pedido de uma criança a seus pais”
Não tenham medo de serem firmes comigo. Prefiro assim. Isto faz com que me sinta mais segura.
Não me estraguem. Sei que não devo ter tudo que quero. Só estou experimentando vocês.
Não deixem que eu adquira maus hábitos.
Não me corrijam com raiva e nem na presença de estranhos. Aprenderei muito mais se falarem com mais calma e em particular.
Não me protejam da conseqüência de meus erros.
Não levem muito a sério minhas pequenas dores. Necessito delas para obter a atenção que desejo.
Não sejam irritantes ao me corrigirem. Se assim fizerem, poderei fazer o contrário do que me pedem.
Não me façam promessas que não poderão cumprir depois. Lembrem-se que isto me deixará profundamente desapontada.
Não ponham à prova minha honestidade. Sou facilmente tentado a dizer mentiras.
Não me mostrem um Deus carrancudo e vingativo. Isto me afastará dele.
Não desconversem quando faço pergunta, senão eu procurarei nas ruas as respostas que não obtiver em casa.
Não se mostrem para mim como pessoas perfeitas e infalíveis. Ficarei extremamente chocado quando descobrir algum erro de vocês.
Não digam que meus temores são bobos, mas, sim, ajudem-me a compreendê-los.
Não digam que não conseguem me controlar. Eu julgarei que sou mais forte que vocês.
Não me tratem como uma pessoa sem personalidade. Lembrem-se que tenho o meu próprio modo de ser.
Não vivam me apontando os defeitos das pessoas que me cercam. Isto criará em mim desde cedo um espírito intolerante.
Não se esqueçam que gosto de experimentar as coisas por mim mesma. Não queiram me ensinar tudo.
Não desistam de ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo.
No futuro, vocês verão em mim o fruto que plantaram.
Fonte: Revista Viver Psicologia – autor desconhecido