Todo ano nascem 15 milhões de bebês prematuros no mundo todo. De acordo com o Ministério da Saúde, são quase 300 mil nascimentos antecipados por ano no Brasil, 11,7% do total, o que nos coloca no 10º lugar no ranking mundial de prematuridade, principalmente devido a fatores como doenças maternas, gestação na adolescência ou tardia, pré-natal deficitário, entre outros. As regiões mais afetadas são o Sul e o Sudeste, com taxas de nascimentos prematuros de 12% e 12,5%, respectivamente.
Metade dos partos que ocorrem antes de 37 semanas de gestação têm causas desconhecidas, e a outra metade acontece em função de doenças maternas, gestação na adolescência ou acima dos 35 anos, altos índices de cesáreas eletivas, fertilizações in vitro, pré-natal deficiente, entre outras causas.
Está evidente que a desinformação sobre o tema é um fator decisivo para índices tão elevados de prematuridade no nosso país. Ainda assim, muito pouco tem se falado ou feito para mudar essa realidade.
O parto prematuro é a principal causa de mortalidade infantil até 5 anos de idade em todo o mundo. De acordo com o Ministério da Saúde (2011), a cada 30 segundos 1 bebê morre em consequência do parto antecipado no Brasil. O Brasil precisa aumentar em 30% a oferta de leitos neonatais para atender à recomendação do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que é de 4 leitos de UTI para cada mil bebês nascidos vivos.
O nascimento de um prematuro deixa sequelas psicológicas permanentes para os pais e pode acarretar sequelas de saúde para os bebês, podendo ser estes danos incapacitantes. Grande parte desses partos poderia ser evitada através de informação (campanhas de prevenção). É essencial que sejam realizadas ações que chamem atenção para o problema e que promovam seu enfrentamento. A ONG Prematuridade.com e a CLIA Psicologia, Saúde & Educação encontram-se empenhadas nesta direção.