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TOC na criança

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TOC na criança

O TOC (transtorno Obsessivo Compulsivo), apesar de alguns estudos apontarem para um aparecimento mais frequente na adolescência ou na vida adulta, ele pode aparecer nas crianças tão comumente quanto nos adultos.

Cerca de 30 a 50% de pacientes adultos com TOC referem ter a doença desde a infância, porém, muitas vezes a criança tenta esconder os sintomas, os pensamentos que considera estranhos, o que dificulta o diagnóstico precoce que minimizaria o sofrimento e o prejuízo causado pelo TOC.

O que os Estudos Dizem sobre TOC

A maioria dos estudos apontam para um intervalo médio entre o início dos sintomas obsessivo compulsivo e a data da primeira avaliação que varia de 2 anos e meio no caso de crianças a 16, 3 anos em casos de adultos. Na criança, geralmente o início é insidiosos, podendo ocorrer desde os anos de idade.

Porém podem ocorrer quadros agudos, frequentemente entre os 6 e 11 anos de idade. Apesar da maioria das crianças apresentar múltiplas compulsões e obsessões, é comum as compulsões precederem o início das obsessões, além de ser mais comum encontrar compulsões se obsessão em crianças que em adolescente.

A prevalência do TOC na infância e adolescência é bastante elevada, pois dois terços dos adultos iniciam seus sintomas ainda na infância. O estudo epidemiológico tem encontrado uma prevalência do TOC para toda vida em crianças e adolescentes que variam de 1 a 4%.

Algumas Manias, podem Desaparecer e ser confundidas com TOC

É comum as crianças terem algumas manias, que vão desaparecendo com o tempo. No caso do TOC, os pais devem ficar atentos se estas manias estão associadas a ansiedade e provocam sofrimento e limitações na criança.

Uma coisa é a criança que brinca de andar pisando apenas no quadradinho branco da calçada, outra coisa é a criança que faz a mesma brincadeira, mas entra em desespero ou angustia se pisa no quadradinho preto, ou pede colo aos pais caso a calçada não tenha quadradinhos brancos para ela pisar, por exemplo.

Veja se influencia no Desenvolvimento Escolar

Os pais devem ficar atentos se as manias ou rituais que a criança demonstre é algo que ela não consegue deixar de realizar e começa a comprometer seu rendimento escolar, e seu relacionamento com a família e os amigos.

As manias típicas da infância não devem ultrapassar o limite do saudável.

Pavor d e sujeira, necessidade de trocas de ocupa imediatamente, incomodo com determinados tipos de roupa, necessidade de manter tudo em ordem desestruturando-se se alguém mudar sua ordem, dificuldade em admitir erros (apagar insistentemente, arrancar página do caderno se erra e começar tudo de novo, mexer sistematicamente em machucados, arrancar casquinha ferindo-se, arrancar fios de cabelo ou sobrancelha, dentre outros inúmeros sinais podem ser sinais de TOC.

É sugestivo de TIC a presença de condutas repetitivas incomuns como morosidade e dificuldades para preparar-se para ir à escola ou para realizar outras atividades e sintomas somáticos relacionados a esses comportamentos e rituais, como dermatites.

Como nos adultos, as crianças apresentam obsessões em relação a ordem, perigos e doenças, que provocam rituais de lavagem ou de comprovação.

Fique Atento ao Comportamento da Criança com os Amigos

A criança pode isolar-se dos amigos, ter dificuldade em realizar as atividades escolares tanto por um sintoma, como a dificuldade em errar, apagar insistentemente palavras no caderno, procurara manter a ordem na carteira, perder-se na organização dos lápis sobre a mesa e a dificuldade de concentrar-se devido à intrusão do pensamento obsessivo.

Após o diagnóstico, a escola deve ser comunicada e o psicólogo que acompanha a criança deve trabalhar em conjunto com a escola, orientado professores e coordenadores, bem como buscando estratégias que auxiliem a criança no convívio com os colegas e no rendimento escolar.

Veja o Rendimento Escolar

Os pais e os professores podem dar informações sobre a interferência dos sintomas no desempenho escolar (falta às aulas, queda no rendimento escolar, dificuldades para fazer os temas de casa, mudanças de comportamento na escola e em casa), indicativos de sofrimento, angústia ou medo.

Os históricos escolares fornecem uma medida bastante objetiva sobre gravidade da doença e seu impacto no desempenho escolar. O prejuízo educacional expresso em notas baixas, necessidade de ajuda extra ou de turma especial, indica gravidade e urgência no tratamento para evitar prejuízos maiores como repetir o ano.

O ideal é a Criança Compreender que ela pode ter este TOC

Quando os sintomas são leves e predominam compulsões, é mais fácil a criança compreender ter algum insight sobre a doença e colaborar efetivamente com o tratamento.

Quando o caso é mais grave, a melhor forma é os pais mostrarem para a criança que percebem seu sofrimento e que vão procurar ajuda. Desta forma, os profissionais poderão ajudar os pais a conscientizarem a criança do que acontece com ela e o que pode ser feito para ajudá-la.

A criança, a medida em que ela toma a medicação e é colocada em psicoterapia, já é uma participante ativa do tratamento. A psicoterapia psicanalítica coloca a criança como agente central do tratamento, proporcionando um espaço no qual seu sofrimento pode ser ouvido, respeitado e tratado, sem desconsiderar seus desejos e necessidades.

Não adianta Cobrar sobre o Comportamento do seu Filho com TOC

Não adianta os pais cobrarem que a criança ativamente controle seus comportamentos, pois se ela conseguisse fazê-lo não estaria doente. Sua participação ativa está em superar as dificuldades que estão subjacentes aos sintomas, as razoes de suas angustias e ansiedades que são manifestas através do TOC, e é no processo terapêutico que isso vai acontecer.

Ana Paula Magosso Cavaggioni psicóloga da Clia Psicologia e Educação

A psicopedagoga da Clia Psicologia, Saúde & Educação, Vanessa Cristina Guilhermon Rodrigues responde à algumas perguntas sobre o assunto

É comum que o TOC seja descoberto na infância? Por volta de quantos anos? Há alguma estatística sobre o assunto?

Não é comum a descoberta do TOC ainda na infância, costuma manifestar-se no início da adolescência ou da vida adulta, porém temos percebido que recentemente o número de casos aparecidos na infância tem sido muito maior, o que antes era 1 em cada 200 crianças hoje já se fala em 4 para 100 crianças. Por volta dos 6 anos já é possível perceber o que pertence ao transtorno ou não.

Como os pais podem reconhecer o TOC ainda na infância? Há algumas dicas?

O comportamento repetitivo da criança para determinadas situações que não são comuns a faixa etária como limpar um mesmo objeto repetidamente e constantemente, preocupar-se excessivamente com a aparência ou coisas fora do lugar, dificuldades de relacionamento ou convivência no ambiente familiar e escolar, são alertas de que a criança possa sofrer deste transtorno, pois a família sente-se refém de alguns comportamentos e às vezes demora muito a perceber que algo ultrapassa o comum, julgando muitas vezes que a criança e difícil apenas.

Assim que suspeitarem do problema, que médicos os pais podem procurar?

Geralmente os pais procuram o psicólogo por indicação… Será necessário sim que haja um acompanhamento terapêutico, mas o transtorno deve ser acompanhado e tratado por um psiquiatra em primeiro lugar.

Quais os benefícios de descobrir o TOC ainda na infância? Há algum malefício?

Difícil encontrar benefícios, pois o quadro é sempre muito sofrido tanto para quem acompanha quanto para quem vive. O tratamento e o acompanhamento terapêutico o quanto antes tendem a amenizar o sofrimento do paciente e orientar quem está a sua volta a lidar com os fatos que de início preocupam muito.

Não há malefícios, pelo contrário há casos que necessitam de medicação para serem controlados e então o quanto antes tudo estiver sob controle só ajudará quem vive o quadro.

Como o TOC pode afetar o desempenho escolar? Como conversar com os professores ou a diretoria da escola?

O TOC pode sim afetar o desempenho escolar, pois a obsessão diminui o desempenho escolar. O aluno tem dificuldades em focar sua atenção nos estudos caso as coisas não aconteçam da maneira que ele deseja.

Difícil é compreender que a sala de aula é um espaço coletivo, por isso seu comportamento pode também influenciar o desempenho da turma.

A criança com TOC deve receber algum tratamento especial na escola? Como e por que?

O professor e a coordenação devem estar cientes do caso, mas isso não significa tratar de foram diferenciada da turma, mesmo porque existem casos que os outros alunos não percebem…

Há casos que vêm acompanhados de outros fatores como por exemplo, a criança desejar que façam tudo do seu jeito, neste caso, o professor orientado terá que ser mediador do convívio social deste grupo para não agravar o quadro do paciente e nem desvalorizar as ideias das outras crianças.

Como contar para a criança que ela tem TOC e explicar a doença?

A sinceridade e a clareza na explanação têm sempre ótimos resultados… Dentro do que é possível a criança entender é preciso sim explicar a ela o que acontece e assegurar que ela contará com o apoio adulto nos momentos mais difíceis.

Isso não significa que o adulto terá que ceder sempre que a criança pressionar…

Ela apenas precisa sentir-se segura para encontrar estratégias próprias para lidar com suas dificuldades.

Como a criança pode ser participante ativa do tratamento?

Aceitando o tratamento e as intervenções terapêuticas procurando colaborar sempre com os combinados feitos em família, na escola e em consultório para que haja harmonia em sua convivência social.

Vanessa Cristina Guilhermon Rodrigues
Psicopedagoga da Clia Psicologia, Saúde & Educação, especializada em Neuropsicopedagogia. Coordenadora Pedagógica e Orientadora Educacional no ESI.

Clia Psicologia - Saúde e Educação

A Clia Psicologia, Saúde & Educação tem como maior objetivo promover a prevenção da saúde do individuo em seu aspecto biopsicossocial.

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