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Meu filho cresceu… E agora?

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Meu filho cresceu… E agora?

Este questionamento, antes proferido por pais de filhos adolescentes, atualmente e feito pelos pais desde que seus filhos são ainda praticamente bebes!

Vivemos um cenário em que pais e escolas sentem-se perdidos quando se trata de construir a noção de limites para as suas crianças.

Nos últimos anos tem se falado muito sobre a importância da colocação de limites na educação das crianças, e tanto pais quanto escolas tem plena consciência desta necessidade. Porem, o saber não basta…

Porque isso e tão difícil?

Considero dois fatores fundamentais na configuração deste cenário. O primeiro deles esta relacionado ao lugar que a criança ocupa na sociedade atual.

No inicio do século XX, a educação acontecia na forma de um autoritarismo vertical: pai manda, filho obedece. Não havia espaço para que a criança fosse ouvida ou considerada.

Estes filhos, esgotados com o autoritarismo de seus pais, decidiram criar os seus no extremo oposto, reconhecendo suas necessidades e desejos, levando em conta seus sentimentos e bem estar, exercendo uma relação de autoridade horizontal, na qual crianças e adultos tem os mesmos direitos, mas não as mesmas responsabilidades.

O resultado foi uma educação onde a permissividade imperou, embasada por receitas distorcidas da Psicologia que estimulavam os pais a serem amigos de seus filhos, a darem liberdade, a não os frustrarem com repreensões sem sentido, etc…etc…etc…

Estes filhos são os pais das nossas crianças de hoje

Estes filhos são os pais das nossas crianças de hoje, as quais ocupam um lugar de majestade, regendo seus lares e acreditando-se detentoras de um poder que as exime de qualquer responsabilidade.

E estes são os pais que chegam aos nossos consultórios hoje, desorientados e muitas vezes assustados e frustrados pois, por mais que façam por seus filhos, parece que nunca e o suficiente para satisfazê-los. Um modelo de autoridade invertida: a criança manda, os pais obedecem.

O segundo fator esta vinculado ao ritmo intenso de trabalho

O segundo fator esta vinculado ao ritmo intenso de trabalho de grande parcela dos pais que quando chegam em casa estão muitas vezes cansados e carregados de culpa por terem deixado seus filhos tanto tempo privados de seus cuidados e atenção.

Repreender ou negar algo neste momento se torna quase impossível pois eles não querem “estragar” os poucos momentos juntos com broncas e brigas, e ainda correr o risco de perderem o amor de seus filhos.

Ou, o que pode parecer pior, de serem comparados com os pais dos coleguinhas que são mais legais porque não brigam com os filhos e deixam dormir tarde, dão i-phone, i-pad, televisão e vídeo no quarto, enfim, tudo o que eles pedem ou pensam em pedir sem levar em conta a necessidade e adequação do pedido. Alem disso, e muito desgastante lidar com as birras, choros e reclamações naturais de acontecerem após uma frustração, por menor que seja, e acaba-se cedendo por comodismo.

É preciso Atividades e Rotinas Programadas!

Atividades rotineiras como banho, jantar e hora de dormir são exaustivamente negociadas com as crianças que, na maior parte de vezes, determinam o ritmo de vida de toda a família.

Queixas como: “meu filho dorme muito tarde”, “ele não come nada”, “só come se estiver assistindo televisão”, “para dormir mais cedo precisa ser na nossa cama”, denunciam a tirania que a criança exerce sobre seus pais, e a qual estes se submetem.

As consequências desta educação refletem-se também na escola.

Nossos professores perderam a autoridade de educar e ensinar. Os alunos atuam na escola como em casa, baseados no principio de que tudo podem e nada devem e não encontram sentido em aprender o que lhes e ensinado ou mesmo em seguir as regras colocadas pela escola.

E, quando são chamados a arcar com as consequências de seus atos, seja uma nota baixa ou uma advertência, encontram nos pais refugio para eximir-se das responsabilidades, afinal, são apenas crianças.

Por não termos Modelos de Educadores, aprendemos na marra!

Enfim, como poderia ser fácil educar os filhos construindo uma noção de limites uma vez que os próprios pais não foram educados desta forma, ou seja, não tem estes modelos internalizados, e ainda encontram-se carregados de sentimento de culpa e tão esgotados com o excesso de atividades que se deixam levar pelo comodismo? Realmente, não e fácil! Porem, extremamente necessário.

Assim as crianças teriam condições de se desenvolver e se situar no mundo em relação a si e ao outro de maneira adequada.

Apesar dos comportamentos intensos dos filhos ao serem frustrados, ao ouvirem um “não”, e importante que os pais saibam que o estabelecimento de regras e um fator organizador na constituição subjetiva do ser humano.

Como o bebe começa a distinguir o dia da noite, ou aprende os horários das refeições principais?

Através das ações dos adultos que mostram a ele como funciona este mundo!

Muitos pais confundem o dizer “não”, o frustrar a criança, com um ato de desamor. E e justamente o contrario!

A criança que não tem claro o que pode ou não fazer, o que agrada ou desagrada seus pais, o que e certo ou errado, sente-se totalmente abandonada e desamparada, como que perdida no meio de um oceano onde não consegue visualizar a terra firme e, consequentemente não sabe para onde ir nem se terá forcas para chegar ate lá.

As crianças não precisam de pais-amigos ou professores-tios.

Precisam de adultos que exerçam autoridade (não autoritarismo!) em suas vidas e que ajam como exemplo, deixando claro o que e certo e o que e errado, o que podem ou não fazer, para que se sintam seguras, amadas e protegidas, tornando-se adultos saudáveis e capazes de enfrentar a vida como esta se apresenta.

Clia Psicologia - Saúde e Educação

A Clia Psicologia, Saúde & Educação tem como maior objetivo promover a prevenção da saúde do individuo em seu aspecto biopsicossocial.

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